MARACATU
O maracatu, da forma hoje conhecida, tem suas origens na instituição dos Reis Negros, já conhecida na França e em Espanha, no século XV, e em Portugal, no século XVI. Em Pernambuco, documentos sobre as coroações de soberanos do Congo e de Angola, na igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Vila de Santo Antônio do Recife, são conhecidos a partir de 1674.
Colorful Maracatu Pernambuco
Maracatu Nação Pernambuco
São figuras do maracatu nação rei, rainha, dama-de-honra da rainha, dama-de-honra do rei, príncipe, princesa, dama-de-honra do ministro, ministro, dama-de-honra do embaixador, embaixador, duque, duquesa, conde, condessa, quatro vassalos, quatro vassalas, três calungas (Dom Luiz, Dona Leopoldina, Dona Emília), três damas-do-paço (responsáveis pelas calungas durante o desfile), porta-estandarte, escravo, figuras do tigre e do elefante, guarda coroa, corneteiro, baliza, secretário, lanceiros (treze meninos), brasabundo, batuqueiros (quinze músicos), vinte caboclos, vinte baianas.
A orquestra de um maracatu nação, também chamado de baque virado, é formada tão somente por instrumentos de percussão A percussão é baseada em tambores grandes, chamados alfaias, caixas, taróis, ganzás e um gonguê.
A apresentação se dá num clima de muita agitação, o que parece crescer com as evoluções efetuadas pelos caboclos de lança. Os primeiros a aparecerem na cena do desfile são as figuras sujas: Mateus, Catirina ou catita, burra, babau e caçador, que divertem e fazem “captação de recursos” para si mesmos. Depois deles, os caboclos de lança, formados em duas trincheiras (filas), puxadas pelo mestre de cabocaria, também chamado boca de trincheiras.
Maracatu de Baque Solto
Cada trincheira obedece ao comando de um caboclo de frente, que conduz as manobras ordenadas pelo mestre. Esse tipo de maracatu apresenta quatro tipos de cantoria: marcha (sempre de 4 versos), samba curto (4, 5 ou 6 versos, sendo, de 6 o tipo mais comum), samba comprido (geralmente de 10 versos, mas podendo variar para 12, 14, 16,18 ou 20), e ainda o galope (habitualmente de 6 versos).
Maracatu Estrela Brilhante – Som da Rua
Olga Santana Batista lidera o Maracatu Estrela Brilhante, é a representante atual de uma linhagem de líderes de maracatus.
D. Olga começou a brincar com dez anos de idade na função de rainha. Também com o pai brincava o Cavalo Marinho e o Fandango.
Com a morte do pai, o maracatu foi encerrado. Passou vários anos sem sair. Mas com o apoio de autoridades e comerciantes locais, o Maracatu Estrela Brilhante voltou às ruas. A base é a família de D. Olga.
Os ensaios começam em 7 de setembro, exatamente como seu pai fazia.
No São João, saem com o coco, o samba, e o banho, tido como o "batismo" de São João que vara a madrugada.