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Principais compositores 

 de Pernambuco

Capiba – Um dos mais famosos e versáteis compositores da história da música pernambucana, Capiba deixou uma obra composta de vários gêneros de música, sendo o frevo a sua maior paixão. Nasceu em 28 de outubro de 1904, na cidade de Surubim (PE). Em 1963, compõe Madeira que Cupim não Rói, canção considerada hoje como o frevo de bloco mais famoso do carnaval pernambucano. Faleceu aos 93 anos, no dia 31 de dezembro de 1997.

 

Nelson Ferreira – O maestro Nelson Ferreira foi o primeiro autor a ter uma marcha de bloco gravada: Borboleta não é Ave, gravada em 1923. Nascido em Bonito, no dia 09 de dezembro de 1902, compôs em 1957 o frevo de bloco Evocação Nº 1. É autor também das Evocações Nº 2 e Nº 3, além de diversos outros frevos de bloco, como Bloco da Vitória e Carnaval da Vitória, e muitos frevos de rua inesquecíveis. Faleceu em 21 de dezembro de 1976.

 

Edgard Moraes – Autor do frevo que inspirou a criação do Bloco da Saudade – a marcha Valores do Passado, que homenageia vinte e quatro blocos extintos do Carnaval do Recife -, Edgard Moraes foi um dos mais importantes autores do gênero do século passado, tendo deixado um legado de aproximadamente trezentas composições, entre choros, valsas e, principalmente, frevos. Nasceu no Recife, no dia 1º de novembro de 1904.

 

Levino Ferreira – Pernambucano, nasceu em na cidade de Bom Jardim, no dia 2 de dezembro de 1890. Inicia sua jornada pela música aos 10 anos, tocando trompa na banda local. Dono de um grande repertório de frevos de rua, em 1962 compõe seu único frevo de bloco, chamado Resposta, em réplica à marcha de bloco composta um ano antes por João Santiago, Escuta Levino. Morreu aos 70 anos, em 09 de janeiro de 1970.

 

Getúlio Cavalcanti – Nasceu em Camutanga a 10 de fevereiro de 1942. Compõe desde os 14 anos e teve seu primeiro contato com música carnavalesca aos 17, cantando numa orquestra de frevo de sua cidade. Em 1962, estreou como cantor na extinta TV Rádio Clube. Depois de gravar o frevo Solteirão, em 1964, afastou-se da vida artística até o lançamento triunfal de O Bom Sebastião, no carnaval de 1976. É autor de algumas das mais belas músicas do carnaval de Pernambuco como Boi Castanho e Último Regresso.

 

J. Michiles – Nascido em 04 de fevereiro de 1943, J. Michiles surge como compositor ainda nos anos 1960, ao vencer o concurso Uma canção para o Recife com a antológica marcha Recife, Manhã de Sol. A partir daí emplacou vários sucessos, com destaque para alguns frevos-canção imortalizados na voz de Alceu Valença, como Roda e Avisa e Diabo Louro. Compôs em homenagem ao Bloco da Saudade, entre outras, a marcha Bloco da Saudade, na qual evoca antigos compositores carnavalescos.

 

João Santiago – Mestre do bloco Batutas de São José, João Santiago nasceu no Recife, no dia 1º de março de 1928. Teve contato com a música ainda pequeno através do seu pai, José Felipe, que era maestro e compositor. Tocou na orquestra do bloco Inocentes e aos 17 anos passou a tocar no Batutas de São José. Dentre as suas composições estão as famosas Sabe Lá K é IssoHino do Batutas e Relembrando o Passado. Faleceu em 11 de novembro de 1985.

 

Principais Compositores 

de Olinda

Lídio Macacão – Lídio Francisco da Silva, Lídio Macacão ou “O Conde de Guadalupe”, nasceu em Olinda, em 1892, na Rua do Amparo, esquina do Beco das Cortesias. Além de carnavalesco, era membro da Irmandade dos Martírios, da Igreja de São João. É autor de diversos frevos do Carnaval olindense, entre eles Banho no CondeCampeão de 26, para o clube Vassourinhas de Olinda; Morcego; Música, Mulheres e Flores, considerada a obra-prima da música carnavalesca olindense; e Três da Tarde, frevo de rua que se tornou um dos hinos do carnaval de Olinda. Faleceu em 21 de março de 1961.

 

Clídio Nigro – Autor de vários frevos do carnaval de Olinda, entre eles o mais famoso de todos os tempos: Olinda nº 2 (Hino do Elefante), em parceria com Clóvis Vieira, que continua fazendo sucesso no carnaval da cidade. É autor ainda de Banho de Conde, em parceria com Wilson Wanderley; Casa de CabocloOlinda nº 1, em parceria com Clóvis Vieira; e Marim dos Caetés, em parceria com Fernando Neto. Nasceu em 1909.

 

Alex Caldas – Autor de um dos mais famosos e tradicionais frevos do Carnaval de Olinda: Bate bate com doce, o hino da Troça Carnavalesca Mista Pitombeira dos Quatro Cantos, tradicional agremiação carnavalesca da cidade. A música foi lançada pelo selo Mocambo, da gravadora Rozenblit na década de 1950.

MARACATU

 

O maracatu, da forma hoje conhecida, tem suas origens na instituição dos Reis Negros, já conhecida na França e em Espanha, no século XV, e em Portugal, no século XVI. Em Pernambuco, documentos sobre as coroações de soberanos do Congo e de Angola, na igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Vila de Santo Antônio do Recife, são conhecidos a partir de 1674.

Colorful Maracatu Pernambuco

No Recife a denominação maracatu servia para denominar um ajuntamento de negros. Os cortejos das nações em homenagem aos Reis do Congo passaram a acontecer no carnaval, e eram chamados de maracatus quando era dada uma conotação pejorativa.

Maracatu Nação Pernambuco

São figuras do maracatu nação rei, rainha, dama-de-honra da rainha, dama-de-honra do rei, príncipe, princesa, dama-de-honra do ministro, ministro, dama-de-honra do embaixador, embaixador, duque, duquesa, conde, condessa, quatro vassalos, quatro vassalas, três calungas (Dom Luiz, Dona Leopoldina, Dona Emília), três damas-do-paço (responsáveis pelas calungas durante o desfile), porta-estandarte, escravo, figuras do tigre e do elefante, guarda coroa, corneteiro, baliza, secretário, lanceiros (treze meninos), brasabundo, batuqueiros (quinze músicos), vinte caboclos, vinte baianas.

 


 

A orquestra de um maracatu nação, também chamado de baque virado, é formada tão somente por instrumentos de percussão A percussão é baseada em tambores grandes, chamados alfaias, caixas, taróis, ganzás e um gonguê.

Já o maracatu de baque solto, segundo a maioria dos pesquisadores, é uma manifestação que une a cultura afro com a indígena. Trata-se de uma manifestação do sobrenatural, em que entidades protetoras são invocadas, em rituais de Umbanda, para que propiciem aos brincantes do Maracatu sucesso nas suas andanças. Assim, a boneca é calçada, isto é, consagrada, batizada com rezas e defumadores e caboclos desfilam atuados, portanto, protegidos pela magia dos cultos à jurema ou semelhantes.

Maracatu e bonecos de Olinda / Caboclos de lança

A apresentação se dá num clima de muita agitação, o que parece crescer com as evoluções efetuadas pelos caboclos de lança. Os primeiros a aparecerem na cena do desfile são as figuras sujas: Mateus, Catirina ou catita, burra, babau e caçador, que divertem e fazem “captação de recursos” para si mesmos. Depois deles, os caboclos de lança, formados em duas trincheiras (filas), puxadas pelo mestre de cabocaria, também chamado boca de trincheiras.

Maracatu de Baque Solto

Cada trincheira obedece ao comando de um caboclo de frente, que conduz as manobras ordenadas pelo mestre. Esse tipo de maracatu apresenta quatro tipos de cantoria: marcha (sempre de 4 versos), samba curto (4, 5 ou 6 versos, sendo, de 6 o tipo mais comum), samba comprido (geralmente de 10 versos, mas podendo variar para 12, 14, 16,18 ou 20), e ainda o galope (habitualmente de 6 versos).

 

 

Maracatu Estrela Brilhante – Som da Rua 

Olga Santana Batista lidera o Maracatu Estrela Brilhante, é a representante atual de uma linhagem de líderes de maracatus. 

D. Olga começou a brincar com dez anos de idade na função de rainha. Também com o pai brincava o Cavalo Marinho e o Fandango. 

Com a morte do pai, o maracatu foi encerrado. Passou vários anos sem sair. Mas com o apoio de autoridades e comerciantes locais, o Maracatu Estrela Brilhante voltou às ruas. A base é a família de D. Olga. 

Os ensaios começam em 7 de setembro, exatamente como seu pai fazia. 

No São João, saem com o coco, o samba, e o banho, tido como o "batismo" de São João que vara a madrugada.